melhores de 2023 #24 - parte 2
atrasado? só um pouco. hoje falarei das músicas e filmes que eu mais curti em 2023!
Olá, amigos
Na edição de hoje, vou revisitar os filmes e músicas que marcaram meu 2023. Apesar de ter sido um ano maravilhoso para conhecer músicas novas, o mesmo não aconteceu com os filmes. Vi pouco lançamento no cinema bom, mas em compensação, eu pude revisitar muito filme que eu já vi antes e eles ficaram ainda melhores.
obs: filmes e músicas que eu falei por aqui ano passado não estarão nessa lista.
Músicas
Essas foram as artistas que eu mais ouvi, segundo o last.fm:
e esses foram os álbuns mais ouvidos de 2023:
O Raven, Did you know…, Ultraviolence, e-mails i can’t send e o Desire, I want to turn into you foram os mais marcantes do ano. Eu não consegui parar de escutar eles a ponto de até esquecer que existiam outros artistas para ouvir nesse mundo. São álbuns realmente viciantes e talvez eu continue escutando eles nesse ano.
Como a minha retrospectiva musical vai além do Spotify Wrapped, em Dezembro eu passei muitas horas escutando o Actually do Pet Shop Boys. Eu me apaixonei por esse álbum do começo ao fim e eu acho que das 12 músicas, eu só não gosto muito de uma. Todas as outras brilham e representam perfeitamente o synth pop dos anos 80 de qualidade.
Talvez eu tenha um pouco de vergonha de admitir isso, mas eu comecei a escutar esse álbum por causa de Saltburn, o tal filme do momento. Uma das músicas do álbum toca no filme e apesar de já ter ouvido a música antes, eu senti que precisava escutar mais Pet Shop Boys e agora estou aqui, nesse exato momento, escutando eles enquanto escrevo de tão apaixonado que estou pelas músicas deles.
E é compreensível, não dá para não ouvir essa música e não ficar apaixonado por Pet Shop Boys.
Filmes
Heat (Michael Mann, 1995). Disponível na Amazon Prime, HBO Max e Mubi.
Heat foi o melhor filme que eu assisti ano passado. Ponto.
Esse filme é basicamente um Batman: Cavaleiro das Trevas só que MUITO melhor. Talvez seja absurdo dizer isso, mas não consegui pensar em uma comparação melhor para registrar uma briga de gato e rato intensa de 3 horas interpretada pelo Robert De Niro e o Al Pacino.
Eu acredito que esse filme seja um bom exemplo de como conduzir um drama policial equilibrando o desenvolvimento dos personagens e cenas de ação. O filme acabou e eu só senti que nada faltava, tudo estava ali na tela o tempo inteiro sendo feito de uma forma muito inteligente pelo Michael Mann, diretor do filme.
Eu poderia reassistir várias vezes só pela cena de perseguição caótica que acontece no meio do filme.
Safe (Todd Haynes, 1995). Disponível na HBO Max.
Safe foi uma baita surpresa para mim. Eu o achei por acaso enquanto navegava pela HBO Max e dei uma chance a ele por ser do Todd Haynes, dos meus diretores favoritos. Quando o filme começou, eu senti que ele seria um filme bem diferente e com o passar das cenas, fui vendo que ele ia ficando cada vez mais esquisito e desconfortável.
Isso seria um problema se a história dele não fosse tão intrigante e a atuação da Julianne Moore não estivesse dando tudo de si, mas não é o caso de Safe. O filme me deixou tenso e me trouxe mais perguntas do que respostas, mas ele me conquistou justamente por isso e ele valeu a pena por ser nada parecido com o que eu já vi antes.
They shoot horses, don’t they? (Sydney Pollack, 1969). Disponível dublado no Youtube.
They Shoot Horses, Don’t They? é sobre um concurso de dança que oferece uma quantia generosa de dinheiro para o casal que conseguir passar mais tempo dançando sem parar. No filme, vamos acompanhar o sofrimento dos personagens nesse concurso maluco - que costumava acontecer bastante na época da Grande Depressão! - e os desafios que eles enfrentam para conseguir vencer.
Eu fiquei muito chocado com algumas cenas por serem muito cruas e viscerais e os personagens vão se submetendo a situações cada vez mais humilhantes para permanecerem na competição, sofrendo diversos tipos de abuso e torturas psicológicas. O que me surpreendeu é esse filme ter ido aos cinemas da época sem ter sido censurado por causa de algumas cenas gráficas.
A abordagem das pessoas passando por situações horríveis me fez lembrar de Ensaio sobre a Cegueira do José Saramago, que também discute os mesmos temas de classe e abuso de pessoas em posição de poder. They Shoot Horses… trabalhou isso muito bem e fiquei destruído no final, tanto pela história quanto pela personagem da Jane Fonda, que entregou uma atuação digna de Oscar.
Knife + Heart (Yann Gonzalez, 2018). Disponível para aluguel na Apple.
Knife + Heart é um slasher inspirado nos filmes de terror dos anos 70 mas com um toque moderno bem interessante e sofisticado. Tenho a impressão de quando pensam em slasher, imaginam um filme com um assassino que mata várias pessoas até sobrar uma garota que vai matar o inimigo e salvar o dia e mesmo que esse filme siga a mesma direção narrativa ele vai muito mais além.
Aqui, uma história trágica é contada com muita luz e som mas sem deixar de ilustrar a escuridão do assassino, cuja motivação para matar me deixou de boca aberta. As cenas de assassinato são muito bem filmadas e para quem ama filme de terror, vai se surpreender com a criatividade do filme e de como ele utiliza as referências ao cinema giallo sem parecer forçado.
Esse foi o meu terror favorito do ano ao lado de Knock at the Cabin, outro filme bem controverso que divide muitas opiniões, mas que eu não poderia deixar de citar aqui nessa lista!
Muito obrigado a todes que me acompanharam em 2023 e espero que 2024 seja melhor para todo mundo. Eu vou amar saber também o que vocês leram, ouviram ou assistiram de bom no ano passado por que indicação de coisa boa é sempre bem vinda por aqui.
até mais!
Tenho vontade de assistir o knife + heart!!!! Tem um canal de filmes de terror que é o meu xodó, o Trasheira Violenta. Amei a crítica deles e você só reacendeu minha vontade de assistir!! Espero conseguir em breve para comentar contigo!