olá, amigos
agora que eu inventei de postar no tiktok, eu esqueci completamente de escrever por aqui. para mim, é uma tristeza porque eu gosto muito mais de escrever do que postar vídeos curtos e fotos de livros. não que postar lá seja ruim! na verdade, a troca e o alcance de lá é divertido e é bem legal conversar com as pessoas e trocar indicações, mas é uma abordagem completamente diferente da que eu tenho aqui.
eu gosto de ter uma relação mais próxima com as pessoas que me seguem e de manter uma conversa mais aberta e significativa, algo que a newsletter aqui me possibilitou em diversos momentos. gosto de me abrir e falar sobre o que sinto e conversar com alguém que se sente da mesma forma ou que passou por algo parecido e isso é meio complicado de conseguir no tiktok, mas não é bem o que busco lá, de qualquer forma.
claro que isso é possível no tiktok, mas isso exigiria que eu aparecesse lá falando e isso vai demorar muito para acontecer, com toda certeza. sou introvertido demais e acho que me sinto muito mais confortável só fazendo um conteúdo mais direto e leve por lá, sem precisar me mostrar.
por hoje, vou comentar sobre umas coisas legais que li e assisti nesses meses! eu poderia ter feito mais coisa mas quem usa o tiktok sabe como ele acaba com nossa atenção rs
filmes
me sigam no letterboxd! meu user é rodrigofeerrari e meu maior orgulho da minha conta é minha lista “brasil”. eu fiz ela com muito cuidado e lá indico meus filmes brasileiros favoritos.
jane b. by agnes v. (agnes varda, 1988)
o mubi é o único serviço de streaming que eu uso porque toda vez quando pego algo para assistir lá, uma coisa é certa: eu vou gostar da experiência e na maior parte das vezes, fazer do que eu assisti minha personalidade.
o primeiro que eu assisti do serviço foi o lindo documentário jane b. by agnes v. e é um retrato da primeira it girl do mundo, a jane birkin. composto por vários depoimentos da própria jane e cenas que ela interpreta papéis que ela sempre quis fazer, mas não pôde - como a da joan of arc!
ela sempre foi uma das minhas pessoas favoritas do mundo e adorei conhecê-la melhor por meio desse documentário. me inspiro nela na moda, em seu jeito sensível e acho curioso como ela ama atenção e elogios, mas preferiu criar uma imagem mais introvertida e reservada durante a sua vida. me identifiquei com ela nesse aspecto, mas claro que ela faz melhor que eu.
agora só preciso de uma bolsa gigantesca cheia de tralha.
doente de mim mesma (kristoffer borgli, 2022)
ainda disponível no mubi.
esse filme merece sua atenção e a protagonista vai fazer de tudo para isso de você e das pessoas ao redor dela. em sick of myself, signe começa a sentir que seu namorado não está mais dando atenção a ela e tem uma ideia: tomar remédios para ficar muito doente e ter o que quer dele.
as coisas claramente saem do controle e é o tipo de filme que trabalha muito bem a comédia com o drama. gosto como ele não fica em cima da mesma piada e o roteiro faz as coisas escalarem de uma forma que me deixou bem curioso para saber o que iria acontecer no final. além disso, a atuação da personagem principal é impressionante e consegui ver muito do livro “meu ano de descanso e relaxamento”, da ottessa moshfegh nesse filme.
livros
o jovem torless, robert musil
“o jovem torless” é sobre uma juventude alemã que alguns anos depois, viria a lutar na segunda guerra mundial ao lado de hitler. apesar do livro ter sido escrito em 1916, o autor conseguiu retratar o gosto pela violência de garotos de uma escola interna e seu desejo em fazer justiça com as próprias mãos.
acompanhamos torless, um jovem solitário e apegado aos pais que conhece uns garotos bem esquisitos que acreditam que devem torturar e abusar de um colega por ele ter cometido um pequeno deslize moral. eles acreditavam que a punição feita por eles seria mais justa que a que seria feita pelos diretores da escola e Musil vai mostrando como cada um dos meninos, inclusive o próprio torless, reproduzem o mal do próprio jeito deles.
carregado de homoerotismo e violência, eu o considerei um livro um pouco difícil de ler pelas cenas de abuso sexual e tortura, mas valeu a pena por ser um livro bem escrito e com diversas camadas.
o mágico de oz, de l. Frank Baum
eu conheço pouquíssimos clássicos da literatura infantil e começar esse mundo com “o mágico de oz” foi lindo. eu só havia assistido ao filme uns dez anos atrás e não lembrava de nada que acontecia, mas a magia da história me pegou como se fosse uma primeira vez e me encantei pela história da dorothy.
eu fiquei pensando que algumas histórias infantis são de conhecimento geral e que eu nunca me preocupei em procurar a versão original delas para conhecer. isso acendeu um alerta em mim para procurar mais livros desse tipo de literatura e me surpreender. meio nada a ver, mas eu fiquei chocado quando eu percebi nesse ano que eu nunca tinha visto meninas malvadas inteiro!!! então ainda tenho muita história conhecida para… conhecer.
desculpa o sumiço e obrigado a todo mundo que leu até aqui. também quero saber o que vocês leram ou viram de legal nesses meses para a gente comentar sobre!
amigo sou doido pra ver o "doente de mim mesma" e sempre fico adiando. vou ver agora